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Lula volta a defender criação de nova 'regulamentação para mídia'

Ex-presidente já fez a mesma declaração outras vezes, pois acredita que "democratizar a comunicação não é fechar uma TV, mas abrir muitas". Neste momento, Lula está visitando o Nordeste e buscando alianças políticas.
Sputnik

Na manhã desta sexta-feira (27), ao conceder entrevista à rádio Metrópole de Salvador, o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarou que se voltar a ocupar a cadeira da presidência da República, vai "regular os meios de comunicação". Ao mesmo tempo, Lula não garantiu se vai entrar na corrida presidencial ano que vem, segundo a Folha de São Paulo.

"Eu ainda não decidi se sou candidato. Eu estou com muita paciência, estou conversando com muita gente, estou ouvindo muito desaforo, leio muito a imprensa. Tem alguns setores da imprensa que não querem que eu volte a ser candidato. Porque se eu voltar [à Presidência] eu vou regular os meios de comunicação deste país", afirmou.

Lula ainda complementou a declaração dizendo que "a gente não pode ficar com a regulamentação de 1962, não é possível".

Não é a primeira vez que o ex-presidente faz comentários acerca do assunto, em 2019, Lula defendeu durante um discurso de abertura do 7º Congresso Nacional do PT, a liberdade de imprensa e a regulação da mídia, afirmando que "democratizar a comunicação não é fechar uma TV, é abrir muitas", segundo a mídia.

“Não pode um grupo familiar decidir sozinho o que é notícia e o que não é, com base unicamente em seus interesses políticos e econômicos”, disse na época, fazendo referência à TV Globo.

Durante sua gestão, Lula tentou criar o Conselho Federal de Jornalismo, projeto que chegou a ser enviado ao Congresso em 2004. A iniciativa acabou derrubada pelos deputados, após uma série de críticas.

Lula volta a defender criação de nova 'regulamentação para mídia'

No momento, o ex-presidente está em viagem pelo Nordeste visando articular alianças políticas para as eleições do ano que vem. Lula passou pela Bahia, Maranhão e Pernambuco, onde, segundo a mídia, conversou com líderes locais, incluindo políticos de partidos da base aliada do presidente Jair Bolsonaro.

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