Afeganistão: 'Teremos que voltar' e tratar do Daesh e Al-Qaeda, diz ex-secretário de Defesa dos EUA

Leon Panetta afirmou que Joe Biden estava certo ao prometer retaliar as pessoas que orquestraram os atentados no aeroporto de Cabul, e essa promessa pode exigir que o presidente norte-americano aja contra o plano de retirada.
Sputnik

O ex-secretário de Estado dos EUA durante o governo de Obama, Leon Panetta, afirma que o presidente Joe Biden vai ter que "voltar" para cumprir a promessa de vingar as mortes de soldados em Cabul. Panetta chefiou a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) entre 2009 e 2011 antes de assumir o comando do Pentágono.

"Eu entendo que estamos tentando tirar nossas tropas de lá. Mas o ponto principal é que podemos deixar um campo de batalha, mas não podemos deixar a guerra contra o terrorismo, que ainda é uma ameaça à nossa segurança", disse em entrevista à emissora CNN na quinta-feira (26).

O funcionário da era Obama estava comentando sobre a promessa de Biden de "caçar" os terroristas do Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), um ramo do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), que atua no Afeganistão e Paquistão, que reivindicaram os ataques de quinta-feira (26) em Cabul. Os atentados ceifaram pelo menos 170 vidas, incluindo 13 soldados norte-americanos.

Afeganistão: 'Teremos que voltar' e tratar do Daesh e Al-Qaeda, diz ex-secretário de Defesa dos EUA

Panetta disse que Biden estava certo ao prometer retaliar as pessoas que orquestraram os atentados, e essa promessa pode exigir que o presidente norte-americano aja contra seu plano de retirada, previsto para acabar em 31 de agosto.

"Teremos que voltar para pegar o Daesh. Provavelmente teremos que voltar, quando a Al-Qaeda [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países] se ressuscitar, como eles farão com este [governo] Talibã", avaliou.

O Talibã tem prometido negar o acesso ao território do Afeganistão, sob seu controle, a organizações terroristas internacionais, incluindo a Al-Qaeda. Combatentes do Talibã estavam entre as vítimas do ataque de quinta-feira (26).

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