'Não vamos interferir': Putin descarta envolvimento da Rússia em conflito armado no Afeganistão

A Rússia não planeja participar do conflito armado no Afeganistão, disse o presidente russo, Vladimir Putin.
Sputnik

A Rússia está monitorando a situação no Afeganistão, mas não tem planos de interferir no conflito armado, afirmou nesta terça-feira (24), o presidente Vladimir Putin.

"Você sabe a situação difícil e alarmante que se desenvolveu no Afeganistão hoje. Estamos acompanhando de perto, essa situação, estamos cooperando ativamente com nossos aliados na CSTO [Organização do Tratado de Segurança Coletiva]. Claro, não vamos interferir nos assuntos internos do Afeganistão, ainda mais para envolver nossas forças armadas no conflito de 'todos contra todos', na minha opinião, isso está acontecendo, em um conflito que já se arrasta neste país há várias décadas", disse o presidente russo durante congresso do partido Rússia Unida.

Putin também disse que instruiu o governo, o Ministério das Relações Exteriores e outras autoridades a fortalecer o trabalho para garantir a segurança da Rússia em meio aos atuais acontecimentos no Afeganistão.

"Há o perigo de que terroristas de vários tipos que encontraram refúgio no Afeganistão usem o caos que nossos colegas ocidentais deixaram neste país e tentem iniciar uma escalada direta em Estados vizinhos, e esta é uma ameaça direta para nossos país e nossos aliados. Além do possível aumento do tráfico de drogas, o agravamento do problema da migração ilegal é uma ameaça para nós", explicou.
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Soldados dos EUA na Ásia Central

Também nesta terça-feira (24), o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que a Rússia não quer ver soldados norte-americanos nos países da Ásia Central. De acordo com o chanceler, qualquer país da Ásia Central que aceitasse instalar tropas dos EUA em seu território viraria um alvo.

Lavrov lamentou ainda as declarações do chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, que disse que o Afeganistão não deve acabar nas mãos da Rússia.

"Se o chefe da diplomacia da União Europeia pensa em tais categorias, então tenho pena dos Estados-membros, que são obrigados a ouvir e, provavelmente, a apoiar tal filosofia", concluiu.

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