"As imagens de desespero no aeroporto de Cabul são vergonhosas para a política do Ocidente [...] Estamos vivendo uma tragédia humana da qual compartilhamos a responsabilidade", observou Steinmeier, que qualificou o episódio de "ponto de inflexão política que nos abalará e mudará o mundo".
O chefe de Estado ressaltou que seu país tem que fazer tudo o que estiver em suas mãos para salvar seus compatriotas, bem como todos os afegãos que estiveram a seu lado durante as últimas décadas.
Steinmeier também assegurou que o rápido colapso do governo afegão e de suas Forças Armadas, seguido da tomada do poder pelos talibãs, "projetou uma grande sombra", instando a ajudar a todas as pessoas que estejam em perigo, "incluindo muitas mulheres corajosas".
O presidente alemão admitiu "o fracasso de nossos anos de esforços para construir uma comunidade estável e sustentável no Afeganistão" e indicou que esta situação levanta uma série de "perguntas amargas" relacionadas com a política exterior e o compromisso militar, às quais é necessário responder "de maneira honesta e completa".
Por sua vez, a chanceler alemã, Angela Merkel, qualificou de "amargos, dramáticos e horríveis" os acontecimentos ocorridos durante os últimos dias no Afeganistão, afirmando que a intervenção internacional no país, além das operações antiterroristas, foi "um esforço sem êxito".