'Assustar a China': oficial dos EUA pretende combater rápida modernização militar de Pequim

Frank Kendall, secretário da Força Aérea norte-americana, refere que a China está "avançando mais rápido do que eu poderia prever" com sua modernização militar, e que está preparando maneiras de os EUA enfrentarem isso.
Sputnik

O objetivo de Washington deve ser demonstrar tecnologias de ponta para "assustar a China", afirmou na sexta-feira (13) Frank Kendall, secretário da Força Aérea dos EUA.

Em entrevista ao portal Defense News publicada na terça-feira (17), o alto funcionário, que tem uma longa carreira no Pentágono, disse que já está preparando o orçamento de 2023 para a Força Aérea.

"Tenho estado obcecado, se você quiser, com a China há bastante tempo, e sua modernização militar, com o que isso implica para os EUA e para a segurança", disse Kendall.

"Uma das coisas em que me atualizei desde que voltei foi nossa inteligência sobre o que os chineses estão fazendo com seus programas de modernização. Eles estão avançando mais rápido do que eu poderia prever. Portanto, temos muito trabalho a fazer".

Para combater isso, indica, a Força Aérea norte-americana está desenvolvendo uma atualização do caça de quinta geração F-35, o Block 4, que deverá aumentar seu poder computacional e acrescentará novas armas e sensores.

Apesar disso, os avanços em sistemas autônomos em rede e inteligência não foram efetivamente implementados em todo o Exército dos EUA, adverte.

"Temos algumas coisas que estão em preparação e que ainda não foram reveladas ao público, das quais não posso falar. Uma que foi revelada em parte é o bombardeiro B-21. Acho que isso será algo que será intimidante, será muito capaz. E há alguns outros como esse que na forja. [...] Mas acho que temos que estar continuamente pensando em outras coisas que serão intimidantes para nossos futuros inimigos", segundo Frank Kendall.

O chefe da Força Aérea crê que os objetivos do órgão militar, mas também da Força Espacial, podem ser atingidos mesmo com os orçamentos de defesa norte-americanos crescendo apenas ao nível da inflação, mas reconhece que isso impede uma maior retirada de material antigo para libertar espaço à modernização, como foi feito nas administrações de Barack Obama (2009-2017) e Donald Trump (2017-2021).

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