EUA impõem sanções a funcionários do Ministério do Interior de Cuba e unidade militar do país

Esta é a terceira rodada de sanções dos EUA desde os recentes protestos em Cuba. O presidente cubano, por sua vez, culpou Washington pelas manifestações de julho.
Sputnik

Os EUA divulgaram nesta sexta-feira (13) sanções contra dois funcionários do Ministério do Interior cubano e uma unidade militar por supostas violações dos direitos humanos, anunciou o Departamento do Tesouro dos EUA.

"O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros [OFAC, na sigla em inglês] do Departamento do Tesouro dos EUA sancionou dois indivíduos cubanos e uma entidade cubana de acordo com a Ordem Executiva 13818, que se baseia e implementa a Lei Magnitsky de Responsabilidade Global em Direitos Humanos e tem como alvo os perpetradores de sérios abusos de direitos humanos e corrupção em todo o mundo", lê-se no comunicado do departamento.

Os indivíduos visados são Romarico Vidal Sotomayor Garcia e Pedro Orlando Martinez Fernandez, funcionários do Ministério do Interior cubano e as Tropas de Prevenção do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba.

EUA impõem sanções a funcionários do Ministério do Interior de Cuba e unidade militar do país

Protestos em Cuba

Esta é a terceira rodada de sanções dos EUA desde os recentes protestos em Cuba. No decorrer de sua campanha presidencial, em 2020, o presidente norte-americano Joe Biden teria prometido reverter algumas das políticas de seu antecessor, o republicano Donald Trump. Porém, com as novas rodadas de sanções parece que haverá pouco espaço para uma reaproximação entre os dois países.

Os protestos eclodiram em julho em meio à pior crise econômica de Cuba desde a década de 1990. Milhares foram às ruas, furiosos com a escassez de produtos básicos, restrições às liberdades civis e a forma como as autoridades lidaram com a pandemia, reporta a agência Reuters.

O presidente cubano Miguel Diaz-Canel, culpou os EUA pelos protestos. Diaz-Canel disse que muitos manifestantes eram sinceros, mas manipulados por campanhas digitais orquestradas pelos EUA.

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