Diplomata russo vê declarações dos EUA sobre mar Negro como tentativa de transferir responsabilidade

Forças russas e da OTAN operam frequentemente em estreita proximidade. Frequentemente, a Rússia relata interceptações de aeronaves da Aliança Atlântica perto de suas fronteiras.
Sputnik

As declarações do comandante das Forças da Marinha dos EUA na Europa e África, almirante Robert Burke, reclamando de alegadas provocações da Rússia no mar Negro e as classificando como perigosas é uma tentativa de transferir a responsabilidade pela potencial escalada de tensões dos EUA para a Rússia, afirmou nesta segunda-feira (2) o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Grushko.

"Uma declaração extremamente perigosa. Contém uma ameaça indisfarçada de uso da força. Obviamente, esta é uma tentativa de transferir a responsabilidade por uma possível escalada para cima de quem não tem culpa", disse Grushko.

O diplomata expressou a convicção de que o restabelecimento dos contatos militares profissionais entre a Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) poderia reduzir os riscos de incidentes militares.

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OTAN poderia atacar forças russas

O comandante das Forças da Marinha dos EUA na Europa e África afirmou recentemente que a Rússia está "atraindo" Washington para "atirar primeiro" no mar Negro, acrescentando que isso não vai acontecer "sem provocação".

"Poderíamos pensar que eles estão nos atraindo para atirar primeiro. Nós não faríamos isso sem provocação, mas também não vou pedir aos meus comandantes para levarem o primeiro tiro no queixo", disse o almirante Robert Burke.

Burke disse que tanto as frotas dos EUA quanto da OTAN operam no mar Negro "sempre que podemos" e que a implantação de navios de guerra norte-americanos no mar Negro visa garantir "a paz por meio da presença".

Anteriormente, os militares russos relataram uma grande escalada na atividade de treinos e reconhecimento da OTAN no mar Negro nas últimas semanas.

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