Assassinato de Soleimani foi 'coisa mais importante' na vida de Khan, segundo teria contado a Trump

Major-general Qassem Soleimani, ex-chefe da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), foi morto em um ataque de drones em Bagdá, no início de 2020. Teerã considerou sua morte um ato terrorista e elevou Soleimani à condição de mártir.
Sputnik

O ataque de drone foi ordenado pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em 3 de janeiro do ano passado, e o resultado de tal ato parece ter impressionado o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, pelo que ele o descreveu de "a melhor coisa" que aconteceu em sua vida, conforme referido em um novo livro sobre o último ano da presidência de Trump.

Esse livro é baseado em entrevistas a ex-membros da equipe do ex-presidente republicano e outras pessoas de seu círculo mais próximo.

Entre todas as entrevistas, a conversa entre Trump e Khan foi ostensivamente narrada pelo ex-presidente durante uma entrevista, em março, no estado norte-americano da Flórida.

"Eu estive com [o premiê] Khan do Paquistão [...] Ele foi um grande atleta, um cara bonito, e eu me encontrei com ele", teria Trump contado durante essa entrevista.

Assassinato de Soleimani foi 'coisa mais importante' na vida de Khan, segundo teria contado a Trump
Trump, supostamente, recordou que Imran Khan lhe teria dito o seguinte: "Presidente, passei por muita coisa em minha vida. Tenho sido uma estrela [...] Quando Soleimani foi eliminado, foi a única coisa mais importante de que me lembro acontecendo em minha vida ".

Até o momento, nem Trump nem Khan confirmaram ou negaram se essa conversa aconteceu. Os dois teriam se encontrado em 21 de janeiro de 2020, durante o Fórum Econômico em Davos, na Suíça, mais de duas semanas após o assassinato de Soleimani.

É conhecida a justificação de Donald Trump para a realização do ataque – o major-general iraniano estaria envolvido em atos terroristas, desde Londres até Nova Deli, e teria conduzido ataques contra funcionários dos EUA.

O incidente foi designado no Irã de "terrorismo de Estado" e posteriormente, como resposta, o país lançou mísseis balísticos contra duas bases no Iraque abrigando tropas norte-americanas, o que quase levou Teerã e Washington a iniciarem uma guerra.
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