Irã inaugura 1º centro nuclear para uso pacífico de tecnologia atômica

O centro é o primeiro passo para a formação de um ecossistema inovador na indústria nuclear iraniana e servirá para o uso pacífico de tecnologias nucleares em diversas áreas.
Sputnik

O Irã inaugurou seu primeiro centro nuclear, denominado RASA, que não só servirá para o uso pacífico de tecnologias nucleares na medicina, agricultura e indústria, mas também comercializará as realizações científicas iranianas neste campo no exterior, informou a agência de notícias Mehr.

"Na presença do vice-presidente e também chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, bem como da vice-presidente de Assuntos Científicos e Tecnológicos, Sorena Sattari, foi hoje [26 de julho] inaugurado o primeiro Centro Nuclear Especializado Inovador RASA, cujo objetivo é comercializar as realizações de nossos cientistas nucleares", lê-se o comunicado, citado pela mídia.

O centro é o primeiro passo para a formação de um ecossistema inovador na indústria nuclear iraniana. "Esperamos que a sociedade se beneficie das vantagens do desenvolvimento do uso pacífico de tecnologias nucleares na medicina, agricultura e indústria", diz a nota.

Irã inaugura 1º centro nuclear para uso pacífico de tecnologia atômica

Armas nucleares

Recentemente, autoridades israelenses comunicaram aos EUA que o Irã está prestes a obter armas nucleares. "Este 'limbo' não pode ser um momento em que o Irã está avançando rapidamente para se tornar um Estado com capacidade nuclear", um diplomata de alto nível referindo-se às negociações de Viena, onde está sendo discutida a restauração do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês).

Em 2018, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou o acordo nuclear e voltou a impor sanções severas ao Irã, levando Teerã a alegadamente começar a violar alguns dos limites nucleares em 2019.

A nação persa já conseguiu refinar urânio até uma pureza de 60%, muito acima do limite estabelecido de 3,67%, estando assim cada vez mais perto dos 90% necessários para a fabricação dos núcleos de bombas atômicas. No entanto, Teerã afirma que apenas pretende dar uso a sua energia nuclear para fins civis.

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