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Exército atuou diretamente na vacinação secreta contra COVID-19 de 130 agentes da Abin, segundo MPF

De acordo com um inquérito instalado pelo Ministério Público Federal (MPF), uma lista com 130 nomes de agentes da Abin foi encaminhada ao Exército, que possibilitou aos servidores "furarem fila" no Programa Nacional de Imunização (PNI).
Sputnik

Nesta quarta-feira (21), o MPF constatou que uma lista sigilosa com nomes foi enviada diretamente ao Exército para que os funcionários da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) fossem vacinados com todos os militares da ativa sem o aval de técnicos do PNI do Ministério da Saúde, segundo a Folha de São Paulo.

O MPF já havia instaurado um inquérito público no dia 25 de junho para averiguar a "furada de fila" de militares das Forças Armadas, forças de segurança e aos agentes da Abin.

Segundo a mídia, o documento confirma que 130 servidores da agência foram imunizados, e que a vacinação ocorreu na Praça dos Cristais, em Brasília, em uma parceria entre a secretaria e o Comando Militar do Planalto e do Exército. 

"A listagem foi enviada diretamente para o Exército, considerando a importância da discrição quanto ao sigilo das atividades e nomes desses servidores", diz o ofício citado pela mídia.

De acordo com a técnica do PNI, Caroline Gava, "a coordenação de imunização entrou em contato conosco, perguntando sobre esses profissionais [da Abin]. No PNI, esses profissionais não estariam contemplados, por não disporem de ações diretas [relacionadas à atuação em segurança]", afirmou Gava.

A Folha informou que enviou pedido de resposta para o Ministério da Defesa e para Exército, mas não havia tido resposta até o fechamento da matéria.

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