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PF abre inquérito para investigar 'organização criminosa' digital que agiu em atos antidemocráticos

Delegada responsável solicitou compartilhamento de provas do inquérito dos atos antidemocráticos. Investigação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Sputnik

A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que formalizou nesta sexta-feira (16) a abertura do inquérito que investigará indícios de atuação de uma milícia digital contra a democracia e o Estado democrático de direito, informa o portal G1.

A investigação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes no começo do mês, após determinar o arquivamento do inquérito que investigou atos antidemocráticos deflagrados no início de 2020. O arquivamento atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

De acordo com os investigadores da PF, o objetivo do inquérito é apurar o modo de atuação da organização criminosa. "A análise [...] aponta a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político absolutamente semelhantes àqueles identificados no inquérito das fake news".

Ao STF, a delegada Denise Ribeiro pediu o compartilhamento integral das provas do inquérito dos atos antidemocráticos, inclusive documentos indicados pela PGR, para que sejam examinados em conjunto. Ribeiro afirma que tenta acessar a quebra de sigilo bancários e telemáticos para embasar a investigação.

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Indícios de envolvimento de parlamentares

Na decisão que determinou a abertura do novo inquérito, o ministro Alexandre de Moraes apontou para a existência de indícios de uma rede cujo mote é a "derrubada da estrutura democrática do Brasil".

"[Há] sérios indícios de uso da rede de computadores interna do Palácio do Planalto, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, por meio de assessores de parlamentares reconhecidamente ligados ao objeto de investigação nestes autos, para divulgar ataques às instituições democráticas, seus integrantes e, deliberadamente contra o regime democrático e o Estado de Direito estabelecidos pela Constituição Federal", disse o ministro, citado pelo jornal O Globo.

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