Países da região devem 'apostar' no governo do Afeganistão em meio à ofensiva talibã, diz presidente

Nesta sexta-feira (25), o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, disse que não pediu ao seu homólogo, Joe Biden, para adiar a retirada das tropas americanas, apesar da nova ofensiva talibã, e que os países da região devem "apostar" no seu governo e não nos rebeldes.
Sputnik

Ontem, Ashraf Ghani, junto com o presidente do Conselho Superior para a Reconciliação Nacional do Afeganistão, Abdullah Abdullah, se reuniu com altos funcionários de Washington antes da retirada definitiva das principais forças dos EUA no Afeganistão, que deve ocorrer nas próximas duas semanas.

"A falsa narrativa do abandono é simplesmente falsa", afirmou Ghani aos jornalistas. Ele observou ainda que não pediu ao presidente americano para adiar a retirada das tropas dos EUA, e disse que respeita a decisão, reconhecendo no entanto que isso vai ter um enorme impacto na região.

Países da região devem 'apostar' no governo do Afeganistão em meio à ofensiva talibã, diz presidente

"A decisão do presidente Biden é uma decisão transformadora que vai ter consequências tanto para o povo do Afeganistão quanto para os americanos na região", disse Ghani.

"A parceria entre os EUA e o Afeganistão não está terminando, ressaltou Biden. "Nossas tropas podem estar partindo, mas o apoio ao Afeganistão não está acabando".

Na quinta-feira (24), a agência AP informou, citando uma fonte da administração Biden, que cerca de 650 soldados americanos permaneceriam no país islâmico até setembro para garantir a segurança da embaixada dos EUA e do aeroporto de Cabul, mas os restantes 2.500 militares sairiam do país da Ásia Central até 4 de julho.

O New York Times relatou nesta semana que, desde 1º de maio deste ano, data inicialmente acordada da retirada das tropas dos EUA, os talibãs têm realizado novas ofensivas em vários distritos do norte do Afeganistão, capturando diversos povoados e entrando nas cidades de Kunduz e Maimana.

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