Merkel insta União Europeia a seguir exemplo dos EUA e intensificar diálogo com a Rússia

A chefe do Executivo alemão exortou o bloco europeu a realizar diálogo com a Rússia, que é seu "grande vizinho continental", depois da cúpula russo-americana na quarta-feira (16).
Sputnik

A União Europeia (UE), assim como os EUA, deveria se engajar no diálogo com a Rússia, apesar das dificuldades, disse Angela Merkel, chanceler da Alemanha.

"Acredito que quando vemos que o Joe Biden, presidente dos EUA, se encontra com o presidente russo Vladimir Putin e eles têm um diálogo aberto, é também importante que o façamos também do lado europeu", opinou Merkel em uma entrevista coletiva com o líder francês Emmanuel Macron.

Segundo a chanceler alemã, a Rússia é "um grande desafio" para a UE, mas é também seu "grande vizinho continental".

"[...] Devemos nos certificar de ter eliminado todas as ameaças híbridas, mas, por outro lado, temos um grande interesse em manter o diálogo com a Rússia se queremos segurança e estabilidade na UE, por mais difícil que ele seja", acrescentou Merkel.

Por sua vez, Macron argumentou que "é necessário elaborar regras comuns nas relações com a Rússia".

"Conversaremos com a Rússia sobre nossa abordagem comum nas relações com nosso vizinho para responder com solidariedade às provocações, mas, sobretudo, para mostrar o que pode ser a cooperação quando provocações e conflitos ocorrem regularmente", disse o presidente francês, em referência à cúpula da UE na próxima quinta-feira (24) e sexta-feira (25), onde as relações com a Rússia serão discutidas, entre outras questões.

Cúpula Rússia-EUA

Na quarta-feira (16) Joe Biden e Vladimir Putin, presidentes dos EUA e da Rússia, respectivamente, encontraram-se na Genebra, Suíça, para a primeira reunião presencial entre os dois. A cúpula na Villa La Grange durou quatro horas e meia, incluindo uma pausa.

Biden garantiu em conferência de imprensa que sua agenda não é dirigida contra Moscou, e que busca uma relação estável e previsível entre os dois países.

De sua parte, Putin disse que viu um "vislumbre de esperança" para reconstruir a confiança com Washington após a cúpula.

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