Acabou a guerra? Governo da Argentina acusa Reino Unido de bloquear insumos de defesa

Presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou durante ato em homenagem aos veteranos da Guerra das Malvinas que o país continuará reivindicando a soberania da região por via diplomática.
Sputnik

O ministro da Defesa argentino, Agustín Rossi, acusou o Reino Unido de obstruir as compras e reparos militares do país sul-americano durante o 39º aniversário do fim da guerra entre os dois países pelo controle das Ilhas Malvinas.

"Às vezes penso que para o Reino Unido a guerra não acabou […]. A ação do Reino Unido na política de defesa não é inócua", afirmou Rossi na cerimônia em homenagem aos veteranos da Guerra das Malvinas em Buenos Aires nesta segunda-feira (14), citado pela agência argentina Télam.

O ministro destacou que o Reino Unido transformou "as Malvinas num enclave militar, onde há tantos ilhéus como há soldados" e onde se realizam "exercícios" armados que merecem "condenação permanente".

Durante seu discurso, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que o país continuará reivindicando a soberania das Ilhas Malvinas por via diplomática.

"Parte fundamental do compromisso assumido e reivindicado é manter viva a memória para os nossos heróis do feito nas Malvinas em todos os cantos do país", disse Fernández.

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Aeronaves vetadas

Agustín Rossi fez ainda uma alusão ao veto exercido pelo Reino Unido em 2014 para que a Argentina não pudesse comprar 24 aviões de combate Gripen, do Brasil, uma vez que esses aviões possuíam licença de exportação britânica.

"Queríamos participar daquela operação e o Reino Unido recusou", criticou o ministro argentino perante os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.

O ministro também se referiu ao bloqueio britânico que impediu o país sul-americano de adquirir aeronaves supersônicas fabricadas pela Coreia do Sul.

Rossi também destacou o "fato ignominioso de ter enviado um componente de uma corveta da Marinha para consertar à Inglaterra […]. Eles não consertaram, nós pagamos, não nos deixaram trazer, e nós também temos que pagar o aluguel do local onde está guardado", comentou.

Nessa perspectiva, o ministro afirmou que "essa não é a política para todos os países", mas apenas "para a Argentina".

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