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Após fala de Bolsonaro sobre máscaras, Calheiros diz que presidente 'quer assassinato em massa'

O relator da CPI da Covid voltou a criticar Bolsonaro dizendo que o mesmo é "lobista de cloroquina". Segundo presidente da CPI, um dos focos das investigações será possível interesse financeiro do governo no uso do medicamento.
Sputnik

Em resposta à fala do presidente, Jair Bolsonaro, de que pessoas que já foram infectadas pela COVID-19 ou vacinadas poderiam deixar de usar máscaras, o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB), em um tweet, disse que o presidente "quer o Brasil exposto ao vírus" e o chamou de "lobista de cloroquina".

​Além de criticar a fala do presidente sobre máscaras, Calheiros o destacou como "lobista da cloroquina" por conta da ligação transcrita, divulgada ontem (10), entre Bolsonaro e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na qual o presidente brasileiro pede ao premiê a liberação de hidroxicloroquina para duas empresas privadas brasileiras.

O medicamento já foi cientificamente comprovado como ineficaz no combate à COVID-19.

Ainda hoje (11), o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD), declarou que um dos focos da CPI será o possível interesse financeiro por parte do governo no incentivo ao uso de cloroquina. O senador Humberto Costa (PT) também prometeu "rastrear esse caminho milionário", segundo o UOL.

Após declaração sobre máscaras, Bolsonaro afirmou hoje (11) que cabe ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e a governadores e prefeitos decidirem sobre a obrigatoriedade do uso de máscara no combate à COVID-19.

"Ontem [10 de junho] pedi para o ministro da Saúde fazer um estudo sobre máscara. Quem já foi infectado e quem tomou a vacina não precisa usar máscara. Mas quem vai decidir é ele, dar um parecer. [...] Eu não apito nada, né? Segundo o Supremo [Tribunal Federal], quem manda são eles", disse o presidente. 

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