EUA preveem 'conflito e guerra' se Israel não parar com despejo de famílias palestinas, diz mídia

No início desta semana, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, afirmou que a "solução de dois Estados" era necessária para "o futuro de Israel como Estado judeu e democrático".
Sputnik

No entanto, o mesmo também demarcou a importância de "dar aos palestinos o Estado ao qual têm direito".

Blinken se comprometeu a ajudar na reconstrução das relações entre os EUA e a Palestina, começando com a reabertura de um consulado em Jerusalém, medida para restaurar os laços diplomáticos com Palestina, vista com maus olhos pelo premiê israelense, Benjamin Netanyahu.

O secretário de Estado norte-americano, por sua vez, alertou as autoridades israelenses contra possíveis tentativas de despejo de famílias palestinas do bairro Sheikh Jarrah, de acordo com um relatório publicado na quinta-feira (27) pelo portal Axios.

Durante visitas a Jerusalém e Ramallah, Antony Blinken teria alertado as autoridades que futuras agitações em torno do local sagrado do Monte do Templo poderiam levar a uma nova onda de "tensão, conflito e guerra".

EUA preveem 'conflito e guerra' se Israel não parar com despejo de famílias palestinas, diz mídia
O secretário de Estado dos EUA detalhou que durante suas viagens diplomáticas, funcionários americanos levantaram preocupações com a Autoridade Nacional Palestina pelo "incitamento à violência ou permissão de que a violência prossiga de forma impune", bem como pagamentos "muito problemáticos" às famílias palestinas acusadas de terrorismo.

No entanto, por sua vez, Blinken não revelou muito sobre respostas dos oficiais da Autoridade Nacional Palestina e das autoridades israelenses, mas expressou que tem havido um esforço de ambos os lados para um cessar-fogo contínuo.

"O cessar-fogo não foi um fim por si só, por mais importante que tenha sido, mas antes um meio de criar algum espaço para começar a construir algo um pouco mais positivo", comunicou Blinken, citado na matéria.

Apesar do otimismo do diplomata norte-americano, estas declarações quase por certo não cairão bem com a posição israelense sobre o Conselho dos Direitos Humanos da ONU, considerado contrário a Israel pelo Estado judeu.

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