Democracia? Alemanha proíbe sírios de participar das eleições presidenciais da Síria

Na noite de ontem (19), a Embaixada da Síria em Berlim confirmou que as autoridades da Alemanha proibiram a realização dos procedimentos para as eleições presidenciais da Síria.
Sputnik

Enquanto em vários países as embaixadas sírias continuam a preparar listas de eleitores sírios que vivem no exterior e desejam participar das próximas eleições presidenciais, que serão realizadas a partir desta quinta-feira (20), a Alemanha negou este direito ao povo sírio.

A Síria condenou veementemente a decisão do governo de Angela Merkel de proibir os cidadãos sírios residentes na Alemanha de exercer seu direito constitucional de participar das eleições presidenciais, escreve a agência SANA.

Uma fonte do governo da Síria citada pela agência afirmou que a decisão injusta do governo alemão constitui uma violação flagrante da Convenção de Viena e uma violação das obrigações que este acordo impõe ao país anfitrião.

​Protestos de expatriados sírios na Alemanha contra a proibição do governo alemão de realizar eleições presidenciais na embaixada da Síria em Berlim.

A fonte acrescentou que a decisão constitui um ataque flagrante aos direitos e liberdade dos sírios e uma tentativa desesperada de confiscar esse importante direito nacional.

A publicação aponta ainda para "a falsidade da democracia com que o governo alemão se orgulha, que revela seu papel destrutivo na guerra injusta contra a Síria".

O povo sírio no exterior vota hoje (20) para as eleições presidenciais do país, com a abertura das urnas nas embaixadas e consulados sírios em diversos países do mundo.

Sírios residentes em Cuba, Venezuela, Brasil, Argentina, Rússia, França, Espanha, Suécia e outros países não tiveram problemas para depositar seus votos. 

No Líbano, porém, houve problemas. O embaixador da Síria no país, Ali Abdul-Karim, expressou o pesar depois que vários libaneses atacaram um ônibus que transportavam cidadãos sírios para a embaixada em Beirute para participar das eleições presidenciais.

"É lamentável e injustificável o que aconteceu por um número de libaneses que atacaram sírios que estavam indo para a embaixada para praticar seu dever", disse o embaixador Abdul-Karim.

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