Presidente turco exorta papa Francisco a ajudar a pôr fim ao 'massacre' de palestinos por Israel

Nesta segunda-feira (17), o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o papa Francisco debateram em uma conversa telefônica os ataques de Israel contra territórios palestinos.
Sputnik

Em suas declarações, o presidente turco disse ao papa que os alvos dos ataques israelenses não são apenas os palestinos, mas sim todos os muçulmanos, cristãos e a humanidade, escreve agência Anadolu.

Além disso, Erdogan instou ao papa a ajudar a acabar com o que chamou de "massacre" de palestinos pelas forças de Israel, e acrescentou que por essa ação o Estado judeu deve ser punido com sanções, declarou o gabinete do presidente turco.

"Toda a humanidade deve se unir contra a ocupação de Israel que não hesita em atacar santuários", disse o líder turco.

"Os palestinos continuarão sendo alvo de um massacre, a menos que comunidade internacional puna Israel […] com sanções", afirmou Erdogan, acrescentando que as mensagens do papa foram de "grande importância para mobilizar o mundo cristão e a comunidade internacional".

Por fim, o líder turco disse que Ancara conduz intensos esforços diplomáticos em todas as plataformas internacionais relevantes, mas o Conselho de Segurança das Nações Unidas não demonstra o necessário sentido de responsabilidade.

Até esse domingo (16), mais de 3.000 foguetes foram lançados contra território israelense, partindo da Faixa de Gaza. Já Israel afirma ter atingido mais de 1.500 alvos do Hamas.

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Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, os ataques israelenses deixaram pelo menos 197 pessoas mortas, incluindo 58 crianças, e feriram mais de 1.200. Do lado israelense, o número de vítimas fatais é de dez.

Entre os dias 7 e 10 de maio eclodiram violentos e massivos confrontos entre palestinos e a polícia israelense, que levaram à maior escalada de tensões dos últimos anos.

Os tumultos começaram simultaneamente em duas áreas de Jerusalém Oriental – perto do Monte do Templo e no bairro Sheikh Jarrah – onde várias famílias árabes estão sendo expulsas de suas habitações por decisão de um tribunal israelense.

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