A própria Rússia determinará 'linhas vermelhas' no diálogo com EUA, diz MRE russo

O chanceler russo vai ter um encontro com o secretário de Estado dos EUA esta semana na Islândia. O MRE russo diz que espera que o encontro forneça clareza sobre os planos de Washington nas relações com Moscou.
Sputnik

A Rússia decidirá sobre as chamadas linhas vermelhas ao discutir questões de sua agenda internacional com os EUA, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.

"Caberá a nós definirmos os temas sobre os quais seremos convidados a cooperar e as formas dessa cooperação. E as linhas vermelhas que não cruzaremos ao discutir a agenda internacional também serão decididas pela Federação da Rússia. Isso também se aplica plenamente à estabilidade estratégica", disse nesta segunda-feira (17) Lavrov durante coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo de Serra Leoa, David John Francis.

O ministro russo lembrou que Moscou repetidamente delineou sua abordagem para a estabilidade estratégica, dizendo que tudo o que afeta a Rússia, armas nucleares, armas de ataque e defensivas, deve estar em cima da mesa.

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"Queremos olhar para as áreas das relações bilaterais e da agenda internacional onde nossos interesses podem coincidir e onde podemos encontrar um equilíbrio de interesses com base na igualdade e respeito mútuo", acrescentou Lavrov.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia deve se encontrar com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ainda esta semana em Reykjavik. Lavrov expressou esperança de que a conversa forneça alguma clareza sobre os planos de Washington nas relações com Moscou.

"Espero que tenhamos uma conversa profissional, o que ajudaria a esclarecer as intenções específicas dos EUA em relação às relações conosco e em relação à posição [dos EUA] sobre os problemas internacionais que estão de qualquer forma ligados aos nossos interesses", explicou o chanceler russo.

O diplomata disse ainda que Moscou responderá não à retórica de Washington sobre o desejo de normalizar as relações, mas apenas ações concretas. Em abril, os EUA impuseram novas sanções à Rússia, que retaliou logo em seguida.

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