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Comissão da Câmara cobra informações do Itamaraty sobre pressão dos EUA contra Sputnik V no Brasil

A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou nesta quarta-feira (12) requerimento para que o Itamaraty esclareça se houve ou não pressões dos Estados Unidos para o Brasil não comprar a Sputnik V.
Sputnik

O documento é iniciativa da deputada Perpétua Almeida (PCdoB/AC). A parlamentar cita informações de relatório publicado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, revelando que o governo norte-americano pressionou o Brasil a rejeitar a compra da vacina russa. 

Segundo Perpétua, além de "cuidados básicos de proteção como uso de máscaras, de álcool em gel", do "distanciamento social" e de "dotar o nosso sistema de saúde de condições para atender os doentes", a "grande arma" para conter a pandemia da COVID-19 é a vacina. 

"A vacinação em massa da nossa população é a medida mais eficaz para salvar vidas e retornar o país a normalidade. Seu atraso, sua lentidão, significa a morte de pessoas e a depressão econômica do país referente às demais nações do mundo”, disse a deputada, segundo nota enviada à Sputnik Brasil. 

Anvisa

No final de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu não recomendar a importação excepcional e temporária da vacina russa Sputnik V. A análise dos diretores justificou o posicionamento alegando falta de dados e risco de doenças por falha em fabricação.

O órgão encaminhou na segunda-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) informações sobre os documentos pendentes para a análise de novo pedido de autorização de importação e distribuição da vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya.

Horas antes, o ministro Ricardo Lewandowski deu prazo de 48h para que a Anvisa detalhasse ao Supremo quais documentos faltam para análise definitiva do pedido de importação do imunizante. 

O governo federal e diversos estados e cidades brasileiras assinaram contratos para a entrega de milhões de doses da Sputnik V. Os desenvolvedores do imunizante negam a existência dos problemas apontados pela Anvisa ao não autorizar o uso da vacina, que está sendo aplicada em dezenas de países do mundo.

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