Aliados europeus pedem aos EUA para 'frearem' retirada do Afeganistão, diz mídia

Estados Unidos enfrentam alguns contratempos durante retirada de suas tropas de Cabul, ao receberem pedidos de aliados europeus para adiarem sua partida e possível remoção de tropas turcas antes do previsto.
Sputnik

Aliados europeus estão pressionando os EUA para atrasarem a retirada de suas tropas do Afeganistão e assim concederem mais tempo e apoio para os aliados da OTAN partirem do país, segundo o The Wall Street Journal.

O governo norte-americano havia sugerido que sua saída poderia ser concluída até 4 de julho, mas em reposta ao apelo de aliados, Washington disse que poderia adiar a partida em duas semanas ou mais.

Um oficial europeu disse que a Alemanha, assim como outros países, pediram aos EUA que adiassem até 18 de julho, segundo a mídia.

Recuo da Turquia

Porém, além do pedido dos aliados europeus, os EUA encontram outra dificuldade que pode tornar sua saída do país mais intricada do que o imaginado, pois a Turquia, que por anos assegurou o aeroporto de Cabul, também anunciou que suas tropas podem partir mais cedo.

O novo posicionamento de Ancara, que anteriormente planejou ficar até depois da retirada da coalizão, pode mexer de forma profunda com o atual cenário, e levar alguns países ocidentais a reconsiderarem os planos de manter embaixadas abertas na capital sem uma força internacional no Aeroporto Internacional Hamid Karzai, de acordo com a mídia.

Aliados europeus pedem aos EUA para 'frearem' retirada do Afeganistão, diz mídia

Esses dois fatores acentuaram o desafio dos EUA que planejam uma saída rápida do Afeganistão, enquanto trabalham em coordenação com seus parceiros na OTAN, com os quais adotaram a promessa de "entrarmos e sairmos juntos" do país.

Desde que Washington começou a se retirar do país, em 1º de maio, a segurança de suas forças foi aumentada e ontem (7), uma dúzia de aviões de guerra adicionais foi enviada para cobrir as tropas norte-americanas.

Em meados de abril, o presidente, Joe Biden, anunciou a retirada total dos EUA do Afeganistão a partir do dia 1º de maio até 11 de setembro.

Por sua vez, a Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e demais países), que atua no país, disse que a guerra contra Washington na região não acabou, pois "continuará em todas as outras frentes, a menos que [os EUA] sejam expulsos do resto do mundo islâmico".

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