Argentina é o primeiro país da América Latina a começar a produção da vacina russa contra o coronavírus, a Sputnik V. Este fato foi anunciado pelo o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) e se refere a um importante avanço no âmbito da cooperação técnica entre o país euroasiático e a região.
"Argentina não apenas ficará na história pela produção, senão também por ser o primeiro país latino-americano a usar a vacina russa contra a COVID-19", afirmou o parlamentar do Mercosul à Sputnik.
O Laboratório Richmond assinou um acordo com o RFPI e o Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya (Centro Gamaleya). Neste contexto, "a vacina criada no país sul-americano se chamará Sputnik V.I.D.A. (Vacina de Imunização para o Desenvolvimento Argentino)", informou Vilas.
"Isso é uma síntese da proposta do governo para a saída estratégica desta pandemia", disse Vilas.
O acordo fechado é o resultado de uma política externa soberana, dado que a interação com todos os países "sem cair em dogmas" aumenta as chances do "desenvolvimento científico e tecnológico com qualquer Estado que queira investir no país", segundo o parlamentar.
"Os acordos geopolíticos e olhar para além dos interesses dogmáticos têm a ver com priorização da saúde e a reativação produtiva de nossos países", concluiu Vilas.
Em 20 de abril, o RFPI e Laboratório Richmond anunciaram a produção do primeiro lote da vacina russa Sputnik V na Argentina. Sputnik V foi a primeira vacina registrada contra a COVID-19 no mundo, em agosto de 2020, pelo Ministério da Saúde da Rússia.