Pequim promete exercícios 'regulares' com porta-aviões após treinamento no mar do Sul da China

A Marinha chinesa já é mais numerosa do que a Marinha dos EUA, mas sua projeção de poder em alto mar está ainda no início, à medida que se moderniza rapidamente e constrói novos porta-aviões.
Sputnik

Um mês após a Marinha dos EUA ter realizado intensos exercícios no mar do Sul da China, a Marinha do Exército de Libertação Popular (ELP) conduziu sua própria série de manobras, utilizando o seu porta-aviões de fabricação nacional, o Shandong.

Gao Xiucheng, porta-voz da Marinha do ELP, informou no domingo (2) que o Shandong e sua força de assalto tinham completado seu treinamento marítimo na hidrovia, que fica ao sul da China continental e na qual Pequim reivindica várias pequenas ilhas.

"Esperamos que o mundo consiga ver [os exercícios com o Shandong] de forma objetiva e racional. A Marinha do ELP continuará organizando exercícios semelhantes regularmente no futuro, de acordo com o plano", declarou Gao, citado pelo Global Times, acrescentando que os exercícios em questão foram "legítimos e podem melhorar as capacidades chinesas para proteger a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento."

Rastreamento contínuo do grupo do porta-aviões Shandong por meio de dados de satélite de múltiplas fontes via Planet Labs e ESA (Agência Espacial Europeia)

Satélite do Planet Labs registra porta-aviões Shandong CV-17 saindo do porto de Sanya e entrando no mar do Sul da China

Estes exercícios militares na região em questão podem ser vistos como uma demonstração de poder da China, bem como de suas pretensões territoriais no mar do Sul da China, no qual disputa vários territórios com outros países vizinhos. Ao mesmo tempo, este treinamento pode também ser encarado como uma ameaça a estes países e seus aliados, nomeadamente os EUA.
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