'Único': arqueólogos encontram restos mortais de mulher de 2 mil anos em cama de madeira (FOTO)

O achado único foi realizado em uma casa que estava pronta para ser demolida. De acordo com os arqueólogos envolvidos na escavação, a falecida era rica e, muito provavelmente, membro de uma família real.
Sputnik

Arqueólogos encontraram o túmulo de uma mulher deitada em uma cama. O achado, estimado de 2.100 anos, foi desenterrado em Mavropigi, na unidade regional grega de Cozani. Esta é a primeira vez na Grécia que a cama de madeira onde um morto foi deitado é encontrada, relata o portal Keep Talink Greece.

O achado único foi realizado em uma casa que seria demolida. De acordo com a equipe de arqueólogos ouvida pela mídia, a falecida era rica e, muito provavelmente, membro de uma família real ou tinha uma posição religiosa de alto escalão.

A cama, que os cientistas afirmam lembrar os "divãs atuais", estava muito bem conservada, embora algumas partes tenham sido dissolvidas. Os dois fulcros da cama são decorados com a cabeça de uma sereia, enquanto a parte superior do fulcro também tinha um pássaro aquático segurando uma cobra na boca. A cobra que está associada ao deus Apolo, que segundo a mitologia matou a cobra em Delfos e salvou o mundo.

"De acordo com nossas estimativas, [a cama] está muito próxima do original, pois sentimos falta [apenas] dos elementos de madeira", afirmou disse Areti Chondrogianni-Metoki, arqueólogo responsável pela escavação.

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Achado 'grande e único'

O sepultamento remonta ao final do período helenístico, entre o século I a.C. e II a.C. A descoberta é "grande e única" e dá muitas informações sobre as formas dos antigos leitos na região.

"Nessa época, era comum colocar os mortos em leitos na área mais ampla […]. Mas, por serem de madeira, foram destruídos e sua existência geralmente é inferida apenas a partir dos lugares dos pregos, que são os únicos que sobraram, à medida que a madeira se dissolve. Nos túmulos macedônios também existem leitos de pedra e de tijolo", explicou o arqueólogo.

A falecida, aparentemente de alta classe econômica e social, de meia-idade, pode ter pertencido a uma família real, uma vez que em sua cabeça foram encontradas folhas de louro douradas que podem ter sido costuradas em uma coroa de outro material.

Mas a morta também pode ter possuído alguma autoridade religiosa. No momento, os arqueólogos trabalham com os dois cenários.

"Com as informações de que dispomos até agora, não chegamos a uma conclusão se se trata de uma mulher de família real ou de autoridade religiosa. Existem evidências para ambos […]. Era comum na Grécia antiga ter camas luxuosas nos santuários", comentou Chondrogianni.

Os restos mortais foram transferidos para os laboratórios do Museu Arqueológico de Eane, em Cozani, Grécia, e os cientistas esperam descobrir em breve a idade e a causa da morte da mulher.

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