Pequim: atividade militar dos EUA em áreas reivindicadas pela China aumentou muito com governo Biden

Pequim afirma que a atividade de navios militares e aviões de vigilância dos EUA direcionados a China aumentou significativamente sob o governo do novo presidente, o democrata Joe Biden.
Sputnik

A atividade de navios militares e aviões de vigilância dos EUA direcionados à China aumentou significativamente sob a administração de Biden, disse Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa chinês nesta quinta-feira (29).

"Os EUA frequentemente despacham navios e aviões para operar nos mares e no espaço aéreo perto da China, promovendo a militarização regional e ameaçando a paz e a estabilidade regional", afirmou Wu durante uma reunião realizada virtualmente, citado pela agência Associated Press.

Como exemplo, Wu disse que o destróier USS Mustin, da Marinha dos EUA, havia recentemente conduzido uma observação de perto do porta-aviões chinês Liaoning e seu grupo de batalha.

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Isso teria "interferido seriamente nas atividades de treinamento do lado chinês e ameaçava seriamente a segurança da navegação e do pessoal de ambos os lados", comentou o porta-voz do Ministério da Defesa chinês. O destróier foi avisado para partir e um protesto formal protocolado com os EUA, acrescentou.

De acordo com Wu, comparando com o mesmo período do ano passado, a atividade de navios militares dos EUA aumentou 20% e de aviões 40% em áreas reivindicadas pela China desde que o democrata Joe Biden assumiu a presidência norte-americana em janeiro.

Zona de conflito

A China se opõe rotineiramente à presença militar dos EUA no mar do Sul da China, que reivindica praticamente em sua totalidade, bem como a passagem de navios da Marinha dos EUA pelo estreito de Taiwan.

Wu também criticou medidas para reforçar o monitoramento dos movimentos de aeronaves chinesas por Taiwan, que Pequim considera uma província rebelde. Os esforços do governo de Taiwan para evitar o que a China chama de unificação inevitável são como "um louva-a-deus tentando parar uma carruagem", comparou o porta-voz.

Pequim: atividade militar dos EUA em áreas reivindicadas pela China aumentou muito com governo Biden
Recentemente, o ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, reiterou os recentes avisos de que a ameaça militar da China está crescendo por meio de "campanhas de desinformação, guerra híbrida e [...] atividades na zona cinzento". O ministro acrescentou que Taiwan "é o nosso país, este é o nosso povo e este é o nosso modo de vida. Vamos nos defender até o fim".

Na quarta-feira (28), Biden não abordou as ameaças militares da China em seu discurso no Congresso Nacional para marcar seus primeiros 100 dias de mandato, ao invés disso, enfatizou que a China e outros países estavam "se aproximando rapidamente" em termos econômicos e tecnológicos.

"Estamos em uma competição com a China e outros países para vencer o século XXI", disse Biden.

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