Reforço militar da China em torno de ilhas disputadas suscita 'fortes preocupações', afirma Japão

A edição deste ano do Livro Azul Diplomático do Japão afirma que a expansão das capacidades militares da China e suas crescentes ações unilaterais para alterar o status quo em águas asiáticas apresentam "fortes preocupações" na região e na comunidade internacional.
Sputnik

O Diplomatic Bluebook of Japan (Livro Azul Diplomático do Japão, na tradução) é um relatório anual sobre política externa e diplomacia internacional do país publicado pelo Ministério das Relações Exteriores, avança Japan Times. 

O relatório do ano passado descreveu as atividades militares chinesas como "preocupações comuns" destacando a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Japão para a cúpula do G20 em Osaka, e notando um certo degelo nas relações entre Tóquio e Pequim.

O relatório de 2021 manifesta "fortes preocupações" relativas à assertividade da China nas águas em torno das ilhas Senkaku ou ilhas Diaoyu (nome usado pelos chineses) no mar do Sul da China.

O Japão passou a integrar o Diálogo de Segurança Quadrilateral (Quad, na sigla em inglês) que conta com a participação dos EUA, Japão, Austrália e Índia e que visa, entre outras coisas, combater a expansão chinesa no Indo-Pacífico.

Reforço militar da China em torno de ilhas disputadas suscita 'fortes preocupações', afirma Japão
A China, por sua vez, acusa o Quad de ser o começo de uma versão asiática da OTAN que busca minar sua ascensão.

O relatório critica a nova lei da Guarda Costeira da China que entrou em vigor no início do ano, a qual autoriza o uso da força pela mesma contra embarcações estrangeiras em águas contestadas.

Além disso, o Livro Azul Diplomático diz que a aliança entre o Japão e os EUA continua servindo como a pedra angular das políticas diplomáticas e de segurança do Japão.

Anteriormente, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em conversa com o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, confirmou que os EUA estão prontos para defenderem as ilhas Senkaku, que são contestadas pela China, segundo declaração do Pentágono.

Comentar