China estabelece laços comerciais globais, enquanto EUA se arriscam a ficar para trás, diz jornal

Enquanto o presidente da China Xi Jinping acelera seus esforços para negociar acordos de comércio e investimento em todo o mundo, as autoridades dos EUA parecem não querer investir em tais acordos.
Sputnik

A maior dificuldade na administração Biden é a ausência de uma estratégia de comércio internacional, aponta a CNBC.

"Os chineses acreditam profundamente na importância da correlação de forças e acreditam que essa correlação neste momento é a seu favor", opina Stephen Hadley, ex-assessor de Segurança Nacional do presidente George W. Bush.

Enquanto a administração Biden suspendeu sua agenda comercial, a China segue em frente, fechando acordos e estabelecendo os padrões que vão moldar o futuro, escreve a mídia.

Se os EUA não conseguirem alterar esta convicção chinesa, não recuperarão a vantagem necessária para lidar com Pequim.

"O elemento mais importante em falta para mudar essa convicção chinesa é uma estratégia comercial", diz Hadley, é aquilo que poderia reunir aliados globais, proporcionar aos EUA empregos e crescimento econômico e conter o aumento dos esforços chineses para organizar a economia mundial ao seu redor.

China estabelece laços comerciais globais, enquanto EUA se arriscam a ficar para trás, diz jornal

Sem uma estratégia comercial moderna voltada para o futuro, os EUA entram nesta luta global com um braço amarrado atrás das costas.

"EUA e China estão envolvidos em uma competição que determinará o modelo da política global neste século. Mas quando se trata do comércio, uma dimensão crítica dessa competição, os EUA estão cedendo o terreno", afirma Hank Paulson Jr., ex-secretário do Tesouro dos EUA ao The Wall Street Journal.

Esta circunstância ameaça os êxitos iniciais na abordagem emergente de Biden em relação à China.

No final de março, o Irã e a China assinaram um acordo de parceria abrangente, delineando um plano de cooperação econômica para 25 anos.

Em particular, será dada atenção à cooperação econômica no setor privado e à participação do Irã na iniciativa Um Cinturão, Uma Rota.

Embora o acordo tenha sido anunciado no valor de US$ 400 bilhões (cerca de R$ 2 trilhões), os ministérios das Relações Exteriores dos dois países não confirmaram o montante negociado.

Comentar