EUA acusam Irã de não apoiar fim de guerra no Iêmen, dando ajuda 'significativa e letal' aos houthis

Os EUA pressionam a Arábia Saudita a permitir mais bens e ajuda humanitária ao Iêmen, afirmou o enviado especial dos EUA ao Iêmen durante audiência no Congresso norte-americano.
Sputnik

O apoio do Irã ao movimento iemenita houthi é "bastante significativo e letal" e não há nenhuma evidência real de que Teerã queira apoiar uma resolução construtiva para o conflito, afirmou nesta quarta-feira (21) o enviado especial dos EUA ao Iêmen, Tim Lenderking, a legisladores dos EUA.

"Gostaríamos de saudar o Irã pelo papel construtivo, se eles estiverem dispostos a fazê-lo […]. Não vimos qualquer indicação disso", lamentou Lenderking durante audiência no Congresso norte-americano, citado pela agência Reuters.

O enviado especial acrescentou que a batalha em curso por Marib, província rica em gás no Iêmen, é a "maior ameaça aos esforços de paz", ao mesmo tempo em que alertou que, se as hostilidades não forem interrompidas imediatamente, "desencadeará uma onda de combates e instabilidade ainda maiores".

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'Tendência muito perturbadora'

Tim Lenderking afirmou que os EUA precisam de mais assistência internacional para fazer frente aos navios de armas que o Irã envia para os houthis e que já solicitou a cooperação da Arábia Saudita para fazer chegar mais ajuda humanitária ao Iêmen.

"Temos conseguido, acredito através de nossos compromissos, mover vários navios, mas como deixei claro, é necessário mais, e esse é um ponto central que eu e outros fizemos aos sauditas […].  As linhas essenciais devem ser abertas e não podem ser reféns de outros elementos do acordo de paz", disse Lenderking.

O enviado especial dos EUA ao Iêmen também ressaltou que os ataques dos houthis na Arábia Saudita são uma "tendência muito perturbadora".

Na semana passada, os houthis afirmaram que lançaram 17 drones em direção a alvos sauditas. Em 22 de março, a Arábia Saudita propôs um cessar-fogo abrangente patrocinado pela ONU no Iêmen, mas os houthis exigiram que Riade primeiro suspendesse o bloqueio econômico de portos e aeroportos iemenitas.

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