Rússia decide expulsar cônsul ucraniano após detê-lo em flagrante

Atividade do cônsul ucraniano, Aleksandr Sosonyuk, foi considerada inadmissível para Moscou. Após ser detido, sua expulsão foi comunicada hoje (17) pelo Minsitério das Relações Exteriores russo.
Sputnik

Neste sábado (17), o governo russo decidiu expulsar do país o cônsul ucraniano, Aleksandr Sosonyuk, o qual deteve na sexta-feira (16) por receber informação classificada durante um encontro com um cidadão russo em São Petersburgo.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia comunicou que a atuação do cônsul em tal atividade é inadmissível, e que Sosonyuk tem até 72 horas, a partir de segunda-feira (19), para deixar o país.

"Do lado russo, foi apontada a inadmissibilidade desse tipo de atividade, incompatível com o status de funcionário consular e prejudicial aos interesses de segurança da Federação da Rússia. [...] Sua permanência é indesejável e foi recomendado ao mesmo que deixe as fronteiras da Rússia dentro de 72 horas a partir de 19 de abril", disse o comunicado do ministério.

O Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB, na sigla em russo) enfatizou que as atividades do cônsul "não são compatíveis com o status de um oficial diplomático e são claramente hostis à Federação da Rússia". O FSB acrescentou que as medidas serão aplicadas ao funcionário ucraniano de acordo com as normas do direito internacional.

Na sexta-feira (16), o FSB reportou que deteve Sosonyuk em flagrante, enquanto se encontrava com um cidadão russo para receber "informações confidenciais contidas em bancos de dados de órgãos policiais".

A Ucrânia se manifestou através de seu vice-chanceler, Yevgeny Yenin, que chamou o incidente de "mais uma provocação", considerando as ações russas hostis. Yenin também anunciou que o lado ucraniano está preparando sua resposta em relação aos diplomatas russos.

Comentar