Nem Talibã está interessado em guerra civil no Afeganistão, diz Blinken em visita a Cabul

O secretário de Estado Antony Blinken afirmou que os EUA continuarão ajudando o Afeganistão mesmo depois da saída das tropas. Além disso, o diplomata declarou que as autoridades afegãs respeitam a decisão norte-americana de retirar seus militares de lá.
Sputnik

Após o anúncio de retirada de tropas norte-americanas do Afeganistão, que deverá ser concluída até 11 de setembro, os Estados Unidos continuarão apoiando os afegãos, segundo informou o secretário de Estado, Antony Blinken, durante visita a Cabul nesta quinta-feira (15).

"Nós permaneceremos com o povo do Afeganistão, inclusive ajudando com investimentos econômicos [...]. Continuaremos apoiando a comunidade civil", declarou Blinken, citado pela emissora 1TV.

O secretário de Estado afirmou que ninguém no Afeganistão está interessado em uma guerra civil, até mesmo o movimento Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).

"Não acredito que alguém esteja interessado, digamos assim, na degradação do Afeganistão para uma guerra civil, uma guerra longa. Até o Talibã, até onde sabemos, diz que não está interessado nisso. O povo afegão com certeza não está interessado nisso. Todos, com quem eu conversei hoje, expressam uma vontade firme de paz", ressaltou Blinken.

As autoridades afegãs respeitam a decisão norte-americana de retirar seus militares do país, declarou Blinken durante coletiva de imprensa em Cabul.

Anteriormente, uma fonte das Forças Armadas afegãs revelou à Sputnik que o secretário de Estados dos EUA chegou a Cabul na quinta-feira (15).

Na quarta-feira (14), o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou a retirada de suas tropas do Afeganistão, que deve ser iniciada em 1º de maio e finalizada até 11 de setembro, correspondendo a última data ao 20º aniversário dos atentados terroristas de 2001. Segundo o acordo prévio entre administração do ex-presidente Donald Trump e Talibã, os soldados norte-americanos deveriam ir embora do território afegão até 1º de maio.

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