'Forças de resistência desconhecidas' atacam escritório do Mossad no Iraque, segundo mídia

Desconhecidos puseram na mira um posto da agência de espionagem israelense Mossad, relatou um canal do aplicativo de conversas Telegram, supostamente ligado a uma milícia xiita no Iraque.
Sputnik

Uma casa segura utilizada pela agência de inteligência e espionagem israelense Mossad foi atacada no norte do Iraque, de acordo com o canal Sabereen News no aplicativo de conversas Telegram.

"Forças de resistência desconhecidas puseram na mira alvo do Mossad no norte do Iraque", relatou a mídia na manhã desta quarta-feira (14), acrescentando que vários "espiões israelenses foram mortos", e prometendo em breve compartilhar fotos da operação.

A notícia não relatou a cidade onde o abrigo estava localizado, e apenas identificou sua fonte como sendo "uma fonte de segurança".

Segundo a Agência de Notícias de Imprensa do Irã, o Sabereen News é uma mídia ligada ao Harakat Hezbollah al-Nujaba (Movimento do Partido dos Nobres de Deus), uma milícia xiita no Iraque. A agência iraniana Press TV observou que nenhuma outra fonte no norte do Iraque relatou o ataque até agora.

O jornal The Jerusalem Post publicou uma reportagem citando quatro "fontes conhecedoras", todas elas dizendo que não haviam sido feitas reportagens sobre um ataque no norte do Iraque. Apesar disso, a agência iraniana Fars disse que o Curdistão iraquiano é uma área repleta de "elementos sionistas", comentando que Israel apoiou os "referendos ilegais" sobre a secessão do Iraque em 2017.

As bases militares iraquianas que abrigam tropas dos EUA também foram atacadas por milícias no norte do Iraque, inclusive base aérea de Arbil em fevereiro, onde uma dúzia de foguetes matou um empreiteiro militar civil e feriu várias outras pessoas.

Embora a milícia Saraya Awliya al-Dam tivesse reivindicado a responsabilidade pelo ataque, Joe Biden, presidente norte-americano, ordenou ataques aéreos retaliatórios através da fronteira na Síria contra duas outras milícias xiitas iraquianas.

Muitas milícias iraquianas fazem parte das Unidades de Mobilização Popular do Iraque (PMU, na sigla em inglês), uma coalizão formada para derrotar o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), que ocupou mais de um terço do Iraque, até ser expulso no final de 2018.

Joe Biden alegou, assim como seu antecessor Donald Trump, que as milícias xiitas no Iraque operam como "procuradoras" do Irã, mas tanto as milícias quanto o Irã negaram a relação. A presença das tropas dos EUA no Iraque é altamente impopular, com o Parlamento iraquiano tendo exortado os norte-americanos a partirem em janeiro de 2020, depois que um ataque aéreo dos EUA matou o general iraniano Qassem Soleimani, e Abu Mahdi al-Muhandis, subcomandante das PMU.

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