Em meio à visita de delegação não oficial dos EUA a Taiwan, China conduz 'exercícios de combate'

Dois ex-membros do Departamento de Estado e um ex-senador dos EUA visitarão Taiwan como parte de um "sinal pessoal" de Joe Biden, presidente norte-americano.
Sputnik

Joe Biden, presidente dos EUA, enviou na terça-feira (13) a Taiwan uma delegação não oficial como sinal de apoio à ilha, relatou a emissora CNN, citando fontes administrativas.

A delegação inclui o ex-senador Chris Dodd, bem como Richard Armitage e James Steinberg, que já exerceram cargos sêniores no Departamento de Estado norte-americano.

"A seleção destes três indivíduos, estadistas de longa data, que são amigos de Taiwan, e próximos do próprio presidente Biden, envia um importante sinal do compromisso dos EUA com Taiwan e com sua democracia", diz a mídia, citando autoridades anônimas.

A CNN disse que, sob ordem de Biden, a delegação, que é um "sinal pessoal" do presidente norte-americano, como afirmou um representante anônimo da Casa Branca, se reunirá com funcionários taiwaneses.

Reação da China

De acordo com a agência Reuters, a China chamou, horas antes da chegada da delegação norte-americana, os exercícios militares que conduziu perto de Taiwan de "exercícios de combate" por parte do Exército de Libertação Popular (ELP).

"A organização do ELP de exercícios de combate reais no estreito de Taiwan é uma ação necessária para abordar a atual situação de segurança no estreito de Taiwan e para preservar a soberania nacional. É uma resposta solene à interferência das forças externas e às provocações da independência de Taiwan", comentou Ma Xiaoguang, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan da China.

"Os exercícios militares e operações de treinamento do ELP estão enviando um sinal de que nossa determinação em refrear a independência de Taiwan e o conluio Taiwan-EUA não é apenas conversa", acrescentou.

Em meio à visita de delegação não oficial dos EUA a Taiwan, China conduz 'exercícios de combate'

A delegação, que planeja um encontro com Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan, "só vai exacerbar a situação tensa no estreito de Taiwan", continuou Ma.

"Nós nos opomos resolutamente ao exagero dos EUA do argumento da chamada 'ameaça militar chinesa', e nos opomos resolutamente aos EUA jogando a 'carta de Taiwan', e continuando a enviar sinais errados às forças independentistas de Taiwan."

Os EUA vendem armas para Taiwan em meio a tensões entre Taipé e Pequim, que reivindica a ilha como parte de Uma Só China. O Ministério das Relações Exteriores da China tem repetidamente classificado a questão de Taiwan como sendo a mais sensível nas relações com a nação norte-americana, criticando o fornecimento de armas dos Estados Unidos para a ilha.

Após um período de apoio a Taiwan e oposição à China continental, nos anos 1970 os EUA cortaram relações oficiais com Taipé e reconheceram Pequim na ONU, mas mantendo contatos com a República da China desde então.

O princípio de Uma Só China foi endossado em comunicados conjuntos assinados pela República Popular da China e Estados Unidos da América em 1972, 1978 e 1982.

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