Terrorismo em instalação nuclear de Natanz agrava chance de diálogo para EUA sobre JCPOA, diz Zarif

O ato terrorista contra instalação nuclear iraniana de Natanz agravou a situação em torno do diálogo sobre o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) para os EUA, declarou ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif.
Sputnik

"Os norte-americanos devem saber que tanto a sabotagem [em Natanz] como as sanções não servem como instrumentos para realizar um diálogo [sobre o JCPOA], mas, sim, apenas para agravar a situação", afirmou.

Além disso, Zarif afirmou que os Estados Unidos deveriam suspender todas as sanções impostas ao Irã e retornar ao JCPOA.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, também concordou e ressaltou a importância das ações dos EUA com relação ao JCPOA.

"É necessário que os EUA voltem a cumprir suas responsabilidades [com o JCPOA] e suspendam as sanções impostas ao Irã", declarou Lavrov.

De acordo com o chanceler russo, há pouco tempo para restaurar o JCPOA, e a Rússia espera um senso comum, inclusive da União Europeia.

"Não acredito que tenhamos muito tempo, mas, justamente por haver limitações de tempo, aqueles que querem desorganizar e enterrar o JCPOA estão aplicando provocações já conhecidas. Espero que o bom senso prevaleça ao final. Espero que nossos colegas europeus notem sua responsabilidade com o JCPOA e não façam como aqueles que querem acabar com ele [o acordo]", afirmou.

Na manhã de domingo (11), a Organização de Energia Atômica do Irã reportou uma explosão na usina nuclear de Natanz. A explosão não gerou fatalidades ou poluição ambiental. Na segunda-feira (12) pela manhã, o governo iraniano declarou ter identificado o responsável pelo ataque.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, chamou o atentado de "um ousado ato de terrorismo nuclear em solo iraniano", que "poderia ter resultado em uma situação catastrófica, pode ser considerada um crime contra a humanidade", jurando uma resposta dura contra Israel.

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