Prisioneiros do campo mais secreto de Guantánamo são transferidos para base dos EUA em Cuba

No domingo (4), autoridades militares dos EUA anunciaram que uma unidade secreta, chamada Campo Sete, dentro de Guantánamo, foi fechada, e seus prisioneiros transferidos para outro estabelecimento em uma base americana em Cuba.
Sputnik

Há muito que as forças militares americanas, alegadamente, negavam a existência do Campo Sete, nunca tendo autorizado jornalistas a visitá-lo. Hoje em dia, são conhecidos seus problemas estruturais, mas o Pentágono teria decidido não buscar financiamento para melhoria do campo, segundo relatos.

Conforme um comunicado do Comando Sul dos EUA, baseado em Miami, e em uma tentativa de "aumentar a efetividade e produtividade operacionais" do estabelecimento, os prisioneiros do Campo Sete foram transferidos para o Campo Cinco "em segurança e sem incidentes". Deste modo, 40 prisioneiros poderiam estar ocupando apenas duas estruturas em Guantánamo.

O Campo Sete, ou Campo Platina, seria onde os "prisioneiros especialmente valiosos" estariam detidos. Um de seus reclusos, o cidadão somali Gouled Hassan Dourad, teria alegado que os prisioneiros seriam torturados psicologicamente todos os dias em suas celas, de acordo com o The New York Times.

Entre os vários detidos neste misterioso campo, estariam cinco prisioneiros acusados de crimes de guerra por seus papéis suspeitos na preparação logística dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Agora, 20 anos mais tarde, no final de fevereiro, a Organização das Nações Unidas (ONU) sublinhou que a revisão da administração Biden à prisão de Guantánamo deverá promover apoio aos prisioneiros que foram torturados dentro dela.

A administração democrata já chegou a afirmar que tenciona fechar a prisão de Guantánamo antes do final do mandato de Joe Biden, mas, para que isso aconteça, é necessária a permissão congressional para a transferência dos detidos para julgamento ou para outra prisão.
Comentar