Mianmar: Conselho de Segurança da ONU exige que militares mantenham moderação e diálogo

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) expressou profunda preocupação com a situação em Mianmar nesta quinta-feira (1º).
Sputnik

A ONU pediu que os militares do país exerçam a máxima moderação e mantenham o diálogo. A preocupação foi expressa pelo embaixador vietnamita nas Nações Unidas, Dang Dinh Quy, em comunicado.

"Os membros do Conselho de Segurança expressaram sua profunda preocupação com a rápida deterioração da situação e condenaram veementemente o uso da violência contra manifestantes pacíficos e a morte de centenas de civis, incluindo mulheres e crianças", disse Quy.

Os membros do Conselho de Segurança reforçaram a necessidade de respeitar plenamente os direitos humanos e de buscar o diálogo e a reconciliação de acordo com a vontade e os interesses do povo mianmarense.

"Eles pediram a todas as partes que se abstivessem de violência", enfatizou Quy.

Nesta quarta-feira (31), a enviada especial da ONU para Mianmar, Christine Schraner Burgener, disse que os grupos armados étnicos estão aumentando a possibilidade de guerra civil no país em um nível nunca visto antes.

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Manifestações em Mianmar

Em 1º de fevereiro, poucas horas antes da constituição do novo Parlamento de Mianmar, os militares deram um golpe de Estado e prenderam vários líderes políticos, incluindo o presidente Win Myint e a conselheira de Estado Aung San Suu Kyi, decretando estado de emergência por um ano.

Os comandantes do Exército justificam o golpe com alegações de fraude nas eleições de novembro passado, que deram vitória à Liga Nacional para a Democracia.

O golpe gerou repúdio internacional e fez eclodir uma onda de protestos diários em Mianmar, com milhares de pessoas desafiando a violenta repressão militar. Mais de 520 civis morreram nas manifestações.

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