Forças dos EUA apoiam transferência de 40 militantes do Daesh para base na Síria, diz SANA

Com a nova administração Biden, ainda não houve nenhum sinal de que Washington vai desistir de sua presença no território sírio, rico em petróleo.
Sputnik

É importante sublinhar que a presença dos EUA no país não foi autorizada nem por Damasco, nem pelo Conselho de Segurança da ONU. Washington tem até hoje justificado a sua presença contínua na Síria por alegadamente pretender combater os grupos armados extremistas, nomeadamente o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países).

No entanto, nesta quarta-feira (31), a agência de notícias síria SANA reportou que as forças militares americanas teriam transportado, via aérea, cerca de 40 militantes do Daesh da prisão de Al-Houl para a sua base em Al-Shaddadi, na província de Al-Hasakah.

Segundo informação prestada por fontes à agência síria, a prisão de Al-Hould seria controlada pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), uma coalizão de milícias liderada pelos curdos e suportada por Washington.

Forças dos EUA apoiam transferência de 40 militantes do Daesh para base na Síria, diz SANA

Ao longo dos últimos anos, tem havido vários relatos sobre o apoio a extremistas na região por parte dos militares estadunidenses, o que teria como objetivo aumentar o número de ataques terroristas na Síria e no Iraque e, dessa maneira, justificar a necessidade de forças dos EUA no país.

De acordo com relatos da mídia, em janeiro, helicópteros militares norte-americanos transportaram regularmente grupos de terroristas das prisões de Al-Hasakah e Al-Sena'a para bases americanas no Iraque. Mais de 100 militantes foram alegadamente transportados por via aérea e munidos de armas antes de serem libertados.

Os contingentes de militares americanos se encontram estacionados nas províncias sírias de Al-Hasakah e de Deir ez-Zor. Estas áreas possuem as maiores reservas de petróleo e de gás natural do país. Por este motivo, por várias vezes, as autoridades sírias declararam que a presença das forças estadunidenses nestas províncias viola a soberania da Síria, bem como o direito internacional, uma vez que Washington nunca foi autorizado a intervir na Síria.

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