Quais são as consequências da perda de olfato após COVID-19? Otorrinolaringologista russo explica

Médico russo revelou as consequências da perda de olfato após a infecção pelo novo coronavírus, e deu conselhos de como recuperar mais rápido a capacidade de sentir odores.
Sputnik

O olfato perdido após a COVID-19 é normalmente recuperado depois de um mês da infecção. Se depois de um mês a capacidade de sentir odores não voltar, é preciso consultar um médico, afirmou à Sputnik o otorrinolaringologista russo Vladimir Zaitsev.

A perda de olfato pode ser condutiva, ou seja, quando a passagem de ar no nariz é impedida, ou neurossensorial, isto é, quando as partículas chegam ao local correto, mas as células específicas ou nervos não funcionam como deveriam.

"Quanto à perda neurossensorial, é difícil ajudar neste caso, já em se tratando da condutiva, é possível e é preciso de ajuda", ressaltou Zaitsev.

Para prescrever um tratamento eficaz, um médico deve ver a fossa nasal e faringe, e ponderar a necessidade de análises adicionais.

Mas o paciente pode ajudar também, com treinamento dos receptores olfatórios através da aspiração de diferentes odores, porém, alguns devem ser evitados. O otorrinolaringologista avisou que está proibido inalar vinagre, amônia e perfumes fortes para não danificar a mucosa.

Em contrapartida, cheirar manjericão-de-folha-larga pode ser muito eficaz, apesar de ser suave. Além disso, tem ação anti-inflamatória. O paciente recuperado pode treinar o olfato cheirando manjericão três ou quatro vezes por dia, segundo Zaitsev.

Otorrinolaringologista russo aconselhou resolver o problema da perda de olfato o quanto antes, para evitar consequências graves.

"Quando uma pessoa não sente gosto, está sem paladar e não sente cheiro, é muito mal do ponto de vista do estado emocional", alertou o médico russo.

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