Em meio a tensões com China, Taiwan tem 1ª visita de representante dos EUA após posse de Joe Biden

Para lançar programa turístico entre Taiwan e Palau, embaixador dos EUA em Palau, John Hennessey-Niland, faz visita diplomática à ilha, enquanto a China repreende aproximação entre Washigton e Taipé.
Sputnik

Nesta segunda-feira (29), o embaixador dos EUA no Palau, John Hennessey-Niland, está em Taipé como parte da delegação liderada por Surangel Whipps, presidente da nação palauense, para em conjunto ao Ministério das Relações Exteriores de Taiwan, lançarem um plano turístico na quinta-feira (30) entre os dois países, segundo o South China Morning Post.

A visita de Hennessey-Niland foi a primeira de um representante norte-americano em terras taiwanesas desde a tomada de posse de Joe Biden na presidência dos EUA, o que foi uma surpresa para alguns que achavam que Biden seria mais conservador do que seu antecessor, Donald Trump, em contatos com Taiwan, mesmo depois de receber alerta da China sobre não cruzar "linhas vermelhas" nas relações com a ilha autogovernada.

"Como embaixador dos EUA em Palau, não houve prioridade maior do que trabalhar com nossos parceiros e amigos para ajudar a manter a segurança e dar esperança às pessoas após 12 meses difíceis devido ao coronavírus. [...]. Esta visita também é emblemática para proximidade e cooperação que beneficiou os Estados Unidos, Taiwan e Palau na luta contra COVID-19 de forma mais ampla. Momentos como este reafirmam o valor da amizade de longa data que une os três países", disse Hennessey-Niland citado pela mídia.

No mesmo encontro, o ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, disse que os EUA, Taiwan e Palau tinham estreita cooperação em várias áreas, incluindo em operações da Guarda Costeira.

Um dia antes (28), o Ministério das Relações Exteriores chinês disse que "se opõe resolutamente a qualquer forma de contatos oficiais entre autoridades dos EUA e taiwanesas", acrescentando que qualquer contato prejudicaria os laços EUA-China e afetaria a estabilidade no estreito de Taiwan, segundo a mídia.

Na sexta-feira (26) depois que os EUA assinaram o acordo da Guarda Costeira com Taiwan, Pequim enviou 20 aviões de guerra para a zona de identificação aérea no sudoeste da ilha para aumentar a pressão sobre a Taipé. Na segunda-feira (29), a China também enviou dez aviões de guerra para mesma região em protesto contra a visita do embaixador dos EUA, de acordo com o South China Morning post.

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