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Ernesto Araújo pede demissão e deixa Ministério das Relações Exteriores

O ministro Ernesto Araújo pediu demissão ao presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (29) e vai deixar o cargo no Ministério das Relações Exteriores.
Sputnik

O pedido de Araújo foi feito após uma grande pressão no Congresso Nacional pela sua saída do cargo, inclusive dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). As informações foram publicadas pelo portal G1.

As críticas ao trabalho do chanceler cresceram nos últimos meses após o Brasil enfrentar atrasos na entrega de vacinas contra a COVID-19 produzidos pela Índia e pela China. Ernesto Araújo também teria se recusado a inscrever o país no COVAX Facility, consórcio ligado à Organização Mundial de Saúde (OMS), que facilita a distribuição de imunizantes contra o novo coronavírus.

Ernesto Araújo pede demissão e deixa Ministério das Relações Exteriores

Na última quinta-feira (25), o próprio líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), admitiu que o chanceler "não tinha ambiente" para conseguir negociar ajuda internacional para acelerar o envio de vacinas ao Brasil.

​Araújo ainda foi às redes sociais no domingo (28) e acusou a senadora Kátia Abreu (Progressistas-TO) de fazer lobby de chineses no leilão do 5G.

A gestão de Ernesto Araújo à frente do Itamaraty também foi marcada pelo estreitamento do Brasil nas relações com os Estados Unidos durante a presidência de Donald Trump e os duros embates com importantes parceiros comerciais, como a China.

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