Cientistas farão mosquitos transmissores de malária não sugarem sangue humano

Cientistas russos e norte-americanos coletaram novos genomas de mosquitos da malária a fim de determinar como fazer com que estes parasitas não suguem sangue humano.
Sputnik

O serviço de imprensa da Universidade de Tecnologias da Informação, Mecânica e Óptica (ITMO, na sigla em russo) de São Petersburgo, na Rússia, cujos especialistas participaram do estudo, informou que "uma equipe de pesquisadores do Instituto Politécnico da Virgínia, da Universidade George Washington e da Universidade ITMO apresentou novos dados para estudo do comportamento e fisiologia de duas espécies de mosquitos da malária. A informação acelerará a procura das seções do genoma responsáveis pela ligação com o portador da malária, bem como as seções ligadas ao hábito de picar o ser humano".

Há 400 espécies de mosquitos da malária, 30 das quais se acredita serem os transmissores principais. A ITMO explica que, a fim de combater a doença, é necessário entender como se formaram a nível genético as diferenças no comportamento alimentar entre mosquitos-portadores e seus "parentes" menos perigosos.

"Os conhecimentos coletados podem ajudar a encontrar um método para influenciar a 'dieta' de espécies específicas a fim de que os mosquitos da malária ou deixem de se alimentar de sangue humano, ou não transportem parasitas mais", explicou a Universidade.

Os estudos começaram em 2018. Um dos cientistas da ITMO, Anton Zamyatin, descreveu a coleta de genoma do mosquito, quando múltiplos fragmentos curtos do DNA são juntados em várias sequências longas. De acordo com ele, devido ao fato de que um mosquito fornece pouco material genético, os cientistas tiveram que utilizar o material de toda a colônia.

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