Ministro sírio revela que porcentagem do petróleo do país é roubada pelos EUA e seus aliados

Sob o controle de Washington e seus aliados estão 90% dos recursos petrolíferos da Síria, afirmou o ministro do Petróleo sírio, Bassam Touma.
Sputnik

"Os estadunidenses e seus aliados têm como alvo a riqueza petrolífera da Síria e seus caminhões-tanque [são] como piratas", declarou o ministro sírio nesta quinta-feira (18) em entrevista ao canal Syrian News transmitida em inglês pelo portal PressTV.

"O que tem acontecido durante toda a guerra na Síria não aconteceu em nenhum país, em termos de nos impedir de aproveitar nossa riqueza e ao mesmo tempo impedir que as mercadorias [de necessidades] básicas cheguem a nosso país", acrescentou Touma.

De acordo com as estimativas do ministro, os danos diretos e indiretos no setor petrolífero da Síria chegam a mais de US$ 92 bilhões (R$ 508,2 bilhões). Ele salientou ainda que o setor foi deliberadamente atacado pelos inimigos do país, uma vez que o petróleo é uma fonte de rendimento fundamental para a economia do país.

Touma disse que Damasco procura aumentar a exploração de reservas de petróleo nas águas territoriais do país no Mediterrâneo, mas reconheceu que tal exploração necessita grandes recursos, demora bastante tempo e requer "condições logísticas calmas e estáveis".

Ministro sírio revela que porcentagem do petróleo do país é roubada pelos EUA e seus aliados

Antes da guerra, a Síria produzia cerca de 400 mil barris de petróleo por dia com lucro mensal de aproximadamente US$ 730 milhões (R$ 4,03 bilhões), isso permitia que o país atendesse a suas necessidades energéticas e correspondia a mais de 20% das receitas do Estado.

Durante sua presidência, o presidente Donald Trump (2017-2021) admitiu aberta e repetidamente que "as únicas forças" que ele tinha na Síria estavam lá para "levar o petróleo". A mídia síria tem relatado que a política de contrabando de petróleo continua com a administração Biden.

A presença dos EUA na Síria não é suportada por nenhum mandato do Conselho de Segurança da ONU, e Washington não foi convidado pelo governo do país para operar na República Árabe.

Comentar