China aumenta importações de petróleo do Irã e Venezuela e desafia EUA, diz mídia norte-americana

O aumento de exportações petrolíferas por Teerã, e a um preço mais elevado, está "minando uma alavanca-chave diplomática" de Washington, segundo o jornal Wall Street Journal.
Sputnik

A China aumentou significativamente as importações de petróleo do Irã e da Venezuela, escreveu na sexta-feira (19) o Wall Street Journal.

"A China aumentou bruscamente as importações de petróleo do Irã e da Venezuela em um desafio a duas prioridades da política externa da administração Biden, de acordo com autoridades dos EUA, minando uma alavanca-chave diplomática que Washington precisa para reiniciar as negociações há muito tempo paradas", escreve a mídia.

A China deverá importar 918.000 barris de petróleo iraniano por dia em março, o que seria o maior volume desde a imposição do embargo norte-americano a Teerã em 2018, segundo a empresa de análise Kpler, citada pelo Wall Street Journal.

Alguns rastreadores de transportes confirmam esta tendência, estimando o volume de tais vendas em um milhão de barris por dia.

"Se vender um milhão de barris por dia a preços atuais, o Irã não tem incentivo para negociar", comentou Sara Vakhshouri, presidente da empresa de consultoria SVB Energy International dos EUA e especialista em indústria petrolífera iraniana.

Na segunda-feira (15), Eshaq Jahangiri, primeiro vice-presidente do Irã, disse que as exportações de petróleo de Teerã aumentaram nos últimos meses.

"Havia certos problemas com transferências de dinheiro. Por isso, tivemos que apresentar certos planos, métodos para trazer as receitas de exportação de petróleo, e recentemente tivemos um avanço", revelou, citado pela agência iraniana IRNA.

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