EUA ameaçam empresas europeias que não abandonarem o gasoduto russo Nord Stream 2

Segundo Departamento de Estado norte-americano, companhias envolvidas na construção do Nord Stream 2 podem ser alvos de sanções por parte do governo dos EUA.
Sputnik

Em um movimento de acirramento das tensões entre Rússia e EUA, o Departamento de Estado norte-americano deu um ultimato às empresas envolvidas na construção de um gasoduto ligando a Rússia à Alemanha, o Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2).

O secretário de Estado do governo Biden, Antony Blinken, publicou nesta quinta-feira (18) um apelo em uma rede social.

O governo Biden deixou claro que o Nord Stream 2 é um mau negócio. Continuamos monitorando as atividades e alertamos que qualquer entidade envolvida no gasoduto Nord Stream 2 que correrá o risco de sofrer sanções. Estamos empenhados em cumprir a legislação do Congresso.

Ele reafirmou a posição defendida pelo governo anterior, de Donald Trump, a de que o gasoduto "tem como objetivo dividir a Europa e enfraquecer a segurança energética". Moscou descreve o gasoduto como um projeto puramente econômico, alertando Washington para não o politizar.

Um dos pontos em questão é o trajeto do Nord Stream 2, que corre em paralelo ao Nord Stream, já operacional: ao invés das tradicionais rotas pelo Leste Europeu, ele cruza o mar Báltico.

Segundo os EUA, isso priva nações como Ucrânia dos dividendos obtidos com a passagem de gás natural por seus territórios, uma importante fonte de renda para alguns países.

Segundo medidas aprovadas pelo Congresso dos EUA em 2019 e 2020, empresas relacionadas à construção do gasoduto podem sofrer sanções do Tesouro norte-americano.

Antes das sanções entrarem em vigor, 20 empresas participantes do Nord Stream 2 deixaram a operação. Atualmente, faltam cerca de 100 km dos 1.230 km previstos. A expectativa é de que o gasoduto esteja operacional até o segundo semestre de 2021.

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