Biden pondera que forças dos EUA permaneçam no Afeganistão 6 meses mais do que acordado, diz mídia

A administração Biden ainda não decidiu se vai ou não cumprir o acordo do ex-presidente Donald Trump assinado com o Talibã (organização terrorista na Rússia e em outros países), de retirada dos 2.500 soldados norte-americanos do território afegão até 1º de maio.
Sputnik

De acordo com a NBC News, o presidente norte-americano, Joe Biden, estaria ponderando a possibilidade de antes estender a permanência de suas forças até novembro de 2021, seis meses adicionais ao acordo fechado pelo seu antecessor.

Um dos principais motivos que poderia estar fazendo Biden repensar o acordo com o Talibã estaria ligado a informações de autoridades norte-americanas que, por sua vez, afirmam que a violência do Talibã contra as forças governamentais afegãs ainda é muito elevada. Porém, o porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid, advertiu que "o acordo de Doha [local no Afeganistão onde foi elaborado] deveria ser implementado".

O acordo, concretizado em fevereiro de 2020, teve como partes integrantes o ex-presidente Donald Trump e o Talibã, e especificou que o movimento afegão deveria deixar de ser violento com cidadãos afegãos e cortar com todas as ligações com a Al-Qaeda (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países).

Por outro lado, eram esperados dos EUA uma redução imediata das forças estadunidenses até 2.500 soldados, abandono de várias bases militares em 135 dias e, por fim, a retirada completa das forças dos EUA do Afeganistão até 1º de maio de 2021. Em 15 de janeiro deste ano, Washington informou que o Pentágono prosseguiu com a ordem de Trump, reduzindo a quantidade de soldados em solo afegão de 14 mil para 2.500.

No entanto, atualmente, a administração Biden não está certa se deve continuar cumprindo o acordo, mas ainda não existem informações oficiais finais sobre o assunto, ou sobre outras opções para o estabelecimento da paz entre Cabul e o Talibã.
Comentar