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Outdoor da polêmica: PF deve investigar quem chamou Bolsonaro de 'pequi roído'

O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, André Mendonça, determinou que a Polícia Federal (PF) investigue duas pessoas que patrocinaram outdoors contra o presidente Jair Bolsonaro.
Sputnik

"Cabra à toa não vale menos que um pequi roído", dizia a mensagem que se tornou alvo de polêmica no Brasil. O pequi é o fruto de uma árvore típica do cerrado. Nesta expressão, ele serve como uma gíria para quem não tem valor.

A mensagem foi instalada em Palmas, no estado do Tocantins. Por conta disso, a PF investiga a pessoa que pagou pelos outdoors e o dono da gráfica que instalou os cartazes.

​Apesar dos outdoors terem sido instalados em agosto de 2020, a polêmica virou caso de polícia após um empresário local ter denunciado o fato à PF.

Segundo o jornal O Globo, o órgão ressaltou que, de acordo com o Código Penal, crimes contra a honra cometidos contra o presidente da República só podem ser investigados mediante representação do ministro da Justiça.

O Ministério Público reforçou esta posição, e o caso foi arquivado. Porém, o Ministério da Justiça foi acionado. Em dezembro, André Mendonça determinou a abertura do inquérito.

"Diante dos fatos narrados, requisito ao Diretor-Geral da Polícia Federal que adote as providências para a abertura de inquérito policial com vistas à imediata apuração de crime contra a honra do presidente da República", escreveu o ministro.

São investigados o empresário Roberval Ferreira de Jesus, dono da empresa que fabricou os outdoors, e o sociólogo Tiago Costa Rodrigues, que pagou pela instalação.

Em depoimento, Roberval afirmou que foi apenas contratado para a instalação e que "nunca teve o objetivo de ofender a honra do presidente da República". Ele disse que já instalou outdoors favoráveis a Bolsonaro e que não se responsabiliza pelo conteúdo de nenhum deles. 

Tiago, que é secretário de formação do PCdoB em Tocantins, relata que realizou uma vaquinha on-line para instalar os outdoors, que custaram R$ 2,3 mil. Ele disse que não esperava a repercussão que o caso tomou.

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