Comissário europeu diz que vacina russa Sputnik V deve ser produzida na UE

O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, expressou a convicção nesta quarta-feira (17) de que a vacina russa Sputnik V é uma vacina confiável contra a COVID-19 e que deveria ser produzida na União Europeia.
Sputnik

O imunizante russo até agora foi aprovado para uso emergencial em 50 países, incluindo várias nações europeias, como Hungria, Eslováquia, Sérvia, Montenegro, San Marino e Macedônia do Norte.

"Temos, é claro, muitas outras vacinas no planeta, o que é bom. Dessas candidatas, temos, é claro, a Sputnik V. Acho que os russos são cientistas muito bons e, claro, não tenho razão para duvidar", disse Breton a jornalistas.

Na última segunda-feira (15), o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RDIF, na sigla em russo), informou que foram fechados acordos com empresas da Itália, Espanha, França e Alemanha para iniciar a produção conjunta da vacina russa Sputnik V.

"Dito isto, o que posso dizer é que, claro, parece haver algumas dificuldades hoje para fabricar esta vacina, e é por isso que vemos muitos pedidos para ter algumas instalações na Europa para fazer isto. Novamente, quase todas as nossas instalações hoje são usadas para fabricar as vacinas que foram combinadas, mas um dia ou outro, acho que sim, provavelmente deveríamos ajudar a Rússia", acrescentou Breton.

​O chefe do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, Aleksandr Gintsburg, declarou na última terça-feira (16) que a vacina russa Sputnik V protege contra a variante britânica do coronavírus, e a pesquisa sobre proteção contra outras variantes pode estar disponível dentro de uma semana.

A vacina russa Sputnik V foi o primeiro imunizante contra a COVID-19 registrado no mundo, em agosto de 2020. De acordo com a análise de ensaios clínicos de fase três, publicada na revista científica The Lancet, a vacina tem uma taxa de eficácia de 91,6% contra a COVID-19.

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