Dezenas de caminhões-tanque e veículos militares dos EUA entram na Síria

A administração Biden continua a política de Trump de enviar comboios cheios de equipamentos e suprimentos militares para a Síria, e de contrabandear petróleo para fora, mesmo o Pentágono negando.
Sputnik

Um comboio de 45 caminhões transportando veículos militares, equipamentos e suprimentos, junto com caminhões-tanque, foi enviado para o nordeste da Síria pela coalizão militar liderada pelos EUA, relata no domingo (14) a Agência de Notícias Árabe Síria (SANA, na sigla em inglês), citando fontes da aldeia de Al-Khazna.

A mídia diz que o comboio entrou no país através do posto fronteiriço de Al-Walid com o Iraque, sobre o qual o governo sírio não tem nenhum controle e, portanto, considera ilegal, antes de atravessar a rodovia M4 na rota para destinos em Deir ez-Zor e Al-Hasakah.

SANA diz que a coalizão norte-americana continuou fortalecendo sua presença ilegal no nordeste da Síria, estabelecendo múltiplas bases com o objetivo de proteger e treinar forças aliadas "e organizações terroristas que operam sob seu comando", e para guardar campos de petróleo extraindo recursos e os enviando para o exterior.

Presença dos EUA na Síria

Durante sua presidência, o presidente Donald Trump (2017-2021) admitiu aberta e repetidamente que "as únicas forças" que ele tinha na Síria estavam lá para "levar o petróleo". A mídia síria tem relatado que a política de contrabando de petróleo continua com a administração Biden.

O Pentágono justifica o posicionamento das forças dos EUA na Síria para garantir a "derrota duradoura" do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), formalmente vencido pelas forças sírias e iraquianas até 2017, com Washington continuando a usar a suposta ameaça de reaparecimento do grupo como justificativa para sua presença contínua em ambos os países.

A presença dos EUA na Síria não é apoiada por nenhum mandato do Conselho de Segurança da ONU, e Washington não tem um convite do governo do país para operar na República Árabe.

Comentar