Irã enriquece urânio com novo conjunto de centrífugas avançadas em Natanz, diz AIEA

Órgão nuclear da ONU disse aos Estados-membros que Teerã começou a usar um terceiro conjunto de centrífugas IR-2m, e que mais três estão em processo de instalação.
Sputnik

Nesta segunda-feira (8), o Irã começou a enriquecer urânio com um terceiro conjunto de centrífugas IR-2m avançadas em sua planta subterrânea em Natanz, disse a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) segundo o The Times of Israel.

"Em 7 de março, a AIEA verificou que o Irã começou a alimentar UF6 natural na terceira cascata de 174 centrífugas IR-2m", disse a AIEA citada pela mídia.

UF6 é hexafluoreto de urânio, um composto que pode ser alimentado em centrífugas para produzir combustível nuclear.

Além das centrífugas IR-1, nesse momento, o país está usando 522 centrífugas IR-2m para enriquecer urânio até 5% de pureza físsil, acrescentou a agência. Isso é mais do que 3,67% de pureza permitido no acordo, mas menos do que 20% para enriquecimento em outra instalação, Fordow.

"Uma quarta cascata de 174 centrífugas IR-2m foi instalada, mas ainda não foi alimentada com UF6 natural. A instalação de uma quinta cascata IR-2m está em andamento, e uma sexta cascata, da mesma centrífuga, ainda não começou o processo de instalação", acrescentou a agência citada pela mídia.

A ação faz parte de mais uma violação das restrições impostas no acordo nuclear, conhecido como Plano de Ação Conjunta Global (JCPOA, na sigla em inglês). O acordo permite a Teerã enriquecer urânio apenas com centrífugas IR-1 de primeira geração em escala comercial. Em novembro, o país começou a enriquecer com um conjunto de máquinas IR-2m, que são muito mais eficientes, e desde então, vem aumentando.

Irã enriquece urânio com novo conjunto de centrífugas avançadas em Natanz, diz AIEA

O constante descumprimento das regras do acordo parecem ter como objetivo aumentar a pressão sobre os EUA para que as sanções aplicadas na República Islâmica sejam canceladas. A administração de Joe Biden quer reatar o acordo, mas Washington e Teerã se encontram em um impasse sobre qual lado deve agir primeiro.

Comentar