EUA 'estão despreparados' para enfrentar novas guerras de inteligência artificial, diz relatório

Sob o Ato de Autorização de Defesa Nacional de 2019, a Comissão de Segurança Nacional em Inteligência Artificial foi estabelecida para rever os avanços ocorridos em inteligência artificial (IA) e outras tecnologias, assegurando que os EUA estão trabalhando devidamente na área.
Sputnik

Um relatório, lançado pela Comissão de Segurança Nacional em Inteligência Artificial (NSCAI, na sigla em inglês) na segunda-feira (1º), determinou que os EUA "estão despreparados" para enfrentar as novas ameaças que emergem da indústria tecnológica, e por isso deverão implementar mudanças "significantes" para vencer os desafios e obstáculos contemporâneos.

"Os EUA devem agir agora para fortalecer os sistemas de inteligência artificial, e investir substancialmente mais em inovação de IA para proteger sua segurança, promover sua prosperidade, e assegurar o futuro da democracia", escreveu a comissão.

A comissão acrescentou que, "atualmente, o governo não está se organizando ou investindo para vencer competição tecnológica contra um competidor comprometido, nem está preparado para se defender de ameaças provenientes de IA e adotar rapidamente aplicações de IA para objetivos de segurança nacional".

Contudo, o relatório afirmou que os Estados Unidos não se deixariam ficar para trás diante do aumento de uso de IA por outros países para disseminação on-line de desinformação e condução de ciberataques.

Para alcançar a supremacia no campo de IA, Estados Unidos incentivarão a imigração de indivíduos que tencionem estudar ou trabalhar dentro desse campo, e investirão mais em pesquisas federais e desenvolvimento da inteligência artificial, não obrigatoriamente tendo ligação com defesa.

Segundo o relatório da NSCAI, a competição de inovação tecnológica está sendo, até agora, dominada pela China que, por sua vez, segue investindo bastante no setor de IA. No mesmo relatório, a comissão anota que a China "possui a força, o talento e a ambição de ultrapassar os EUA na liderança mundial de IA na próxima década, caso a atitude presente não mude".
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