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Brasil: governo agora diz que só foi notificado sobre crise de Manaus em 17 de janeiro

Em documento corrigido entregue ao STF, governo federal indica terceira data em que teria sido informado sobre a falta de oxigênio na cidade. O ministro Eduardo Pazuello está sendo investigado por omissão no caso.
Sputnik

O governo federal alterou novamente a data em que teria sido notificado sobre o colapso de saúde em Manaus. Um documento oficial entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) foi corrigido e agora diz que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, só foi avisado sobre a urgência no dia 17 de janeiro, após a crise começar, conforme divulgou o portal G1.

Inicialmente, o texto relatava que o ministro tomou conhecimento do problema no dia 8 de janeiro, através de um e-mail da White Martins, empresa responsável pelo abastecimento de oxigênio nos hospitais da cidade. Em uma entrevista, no dia 18 de janeiro, o próprio ministro confirmou a data.

Brasil: governo agora diz que só foi notificado sobre crise de Manaus em 17 de janeiro

No último fim de semana, tornou-se público um depoimento de Pazuello à Polícia Federal no inquérito que investiga se o ministro foi omisso na crise do Amazonas. E no depoimento, Pazuello já havia apresentado uma nova data em que teria tomado conhecimento do colapso: 10 de janeiro.

Ele disse ainda que o Ministério da Saúde não recebeu oficialmente o e-mail mencionado e que nunca teve contatos informais com a empresa.

Porém, em novo ofício assinado pelo secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, e enviado ao STF no domingo (28), o Ministério da Saúde confirma que o e-mail da White Martins chegou à pasta, mas no dia 17 de janeiro.

A falta de oxigênio em Manaus matou 31 pessoas nos dias 14 e 15 de janeiro. Familiares de pacientes internados precisaram procurar e comprar respiradores por conta própria. Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) levaram alguns equipamentos à cidade.

Muitos pacientes tiveram que ser transferidos pelo governo do Amazonas para outras unidades da federação.

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